sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

A Gaiola Dourada nomeada para os Césares, prémios que estendem o escândalo Hollande ao cinema

O filme de Ruben Alves concorre a Melhor Primeiro Filme. Entre os nomeados encontra-se também Julie Gayret, nome muito citado nos últimos tempos pelo caso com o presidente francês François Hollande

A Gaiola Dourada foi o filme mais visto em Portugal em 2013. Foi também distinguido com o Prémio do Público nos últimos Prémios da Academia de Cinema Europeu. E agora a história da família portuguesa emigrada em França surge também destacada pela Academia de cinema do país em que foi rodada. Ruben Alves, o realizador, está entre os nomeados para Melhor Primeiro Filme dos Césares, habitualmente descritos como os Óscares franceses.

Na cerimónia que terá lugar dia 28 de Fevereiro no Théâtre du Châtelet, A Gaiola Dourada concorrerá com La Bataille de Solférino, de Justine Triet, En Solitaire, de Christine Offenstein, La Fille du 14 Juillet, de Antonini Peretjatko,  e Les Garçons et Guillaume, à Table!, de Guillaume Galienne.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Documentário luso vence festival internacional LGBT

O documentário biográfico 'E Agora? Lembra-me', do português Joaquim Pinto, foi distinguido no Festival Internacional de Cinema e Artes Performativas LGBT Zinegoak, em Bilbau, Espanha.

O filme foi eleito melhor longa-metragem documental da 11ª edição do festival, que termina esta terça-feira. O júri elogia a "reflexão poderosa, sensível e pessoal sobre a vida, o amor, a amizade e os tempos que vivemos" presente no mesmo, aliado a uma "honestidade desarmante". 

'E Agora? Lembra-me' foi selecionado para o Festival de Cinema de Roterdão, atualmente a decorrer na Holanda, tendo vindo a somar vários prémios internacionais. Em 2013, o mesmo foi distinguido com três prémios no Festival de Cinema de Locarno, na Suíça, e dois no Festival de Cinema de Valdivia, no Chile. 

Boas Notícias

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Concerto de gala em Fevereiro assinala 50.º aniversário da Orquestra Clássica da Madeira

O Centro de Congressos do Casino da Madeira acolhe, no próximo dia 23 de Fevereiro, o concerto de gala que assinala 50.º aniversário da Orquestra Clássica da Madeira.
O concerto tem início às 18 horas, prometendo um final de tarde com muita música e celebrações pelo meio século de vida desta instituição.
Desde 2012 que a Orquestra Clássica da Madeira é gerida e dinamizada pela Associação Notas e Sinfonias Atlânticas (ANSA), entidade constituída no dia 28 de Maio de 2013.



Diario de Notícias.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Cinemas portugueses com menos 8,5 milhões de receitas em 2013

Os cinemas portuguesestiveram, durante o ano de 2013 e face ao ano anterior, menos 1,3 milhões de espetadores e menos 8,5 milhões de euros de receita de bilheteira.

O Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA) divulgou esta terça-feira os dados estatísticos de 2013 e, apesar de serem provisórios, demonstram uma nova quebra acentuada na ida dos portugueses ao cinema.

Em 2013 registaram-se 12,5 milhões de espetadores nas salas de cinema, menos 1,3 milhões do que no ano anterior. As receitas rondaram os 65,4 milhões de euros, ou seja, menos 8,5 milhões de euros do que em 2012.

Comparando com 2011, as diferenças ainda são maiores: as quebras em 2013 são de 3,1 milhões de espetadores e de 14,4 milhões de euros de receita.

Na distribuição geográfica destes dados pelo país, fica-se a saber que as salas de exibição comercial, no distrito de Lisboa, tiveram em média 23,5 espetadores por sessão de cinema, ao longo de 2013.

No distrito do Porto, a média foi de 24 espetadores por sessão.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Manuscritos de Eugénio de Andrade vão ser digitalizados




Os manuscritos do poeta Eugénio de Andrade vão começar a ser digitalizados até ao final do primeiro semestre deste ano, disse hoje a responsável pelas bibliotecas municipais do Porto, realizando-se no sábado uma homenagem ao escritor.

Numa resposta escrita à Lusa, a chefe da divisão municipal de bibliotecas, Carla Fonseca, afirmou que já se iniciou "o processo de tratamento, organização e reinventariação do espólio, com especial enfoque para manuscritos e correspondência do poeta, o que implica o trabalho especializado de um conjunto de técnicos sobre um universo de mais de 6.500 documentos".

"Está concluída a fase de catalogação dos manuscritos que serão disponibilizados no catálogo em linha das Bibliotecas do Porto. Até ao final do primeiro semestre de 2014, iniciará o processo de digitalização dos manuscritos para edição faseada na Biblioteca Digital, onde se encontram já acessíveis os espólios de escritores como Teixeira de Pascoaes e António Nobre, ou ainda o Roteiro da Primeira Viagem de Vasco da Gama à Índia, entre outros documentos que estando à guarda desta Biblioteca Municipal, há mais de 180 anos, estão ao dispor de todos os que os queiram consultar, conhecer e estudar", realçou Carla Fonseca.


segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Morreu em Paris o poeta português José Terra

Nome destacado dos Estudos Lusófonos em França, o poeta e professor morreu aos 85 anos na manhã de sexta-feira, num hospital de Paris.

José Terra é o pseudónimo de José Fernandes da Silva, nascido a 24 de Maio de 1928 em Prozelo, no concelho de Arcos de Valdevez.

Como poeta, José Terra estreou-se em 1949, com o livro Canto da Ave Aprisionada, uma edição de autor que foi apreendida pela censura, contou à Lusa Luís Amaro, seu amigo e ex-director adjunto da revista Colóquio Letras. Amaro foi também o responsável pela organização e publicação da Obra Poética de José Terra, em quatro volumes, que "deverá sair dentro de 15 dias" na Modo de Ler, editora portuense de José da Cruz Santos, disse.

José Terra foi cofundador da revista Árvore - Folhas de Poesia (1951-53), com António Luís Moita, António Ramos Rosa, Raul de Carvalho e Luís Amaro. A sua obra Espelho do Invisível, editada em 1959, foi considerada por Ramos Rosa, na revista Seara Nova, como "um dos mais notáveis livros de poesia portuguesa" escrito nessa altura, recordou Amaro. "Nessa mesma crítica, Ramos Rosa referiu-se aos 39 sonetos que constituem a obra, [colocando-os] entre os mais belos da língua portuguesa de qualquer época".

Filólogo, historiador, ensaísta, crítico e tradutor, José Terra foi professor desde 1984 até à jubilação, na Universidade Sorbonne - Paris III.


domingo, 19 de janeiro de 2014

Cinema: "Seria uma maravilha poder trabalhar em Portugal"

Daniel Sousa, o português nomeado para os Óscares, falou da importância que Portugal tem para ele e para os seus filmes. O realizador confessa que gostava de ter a oportunidade de fazer trabalhos no país onde cresceu.

Feral, de Daniel Sousa, está nas cinco curtas-metragens animadas candidatas ao Óscar e conta a história de uma criança selvagem que é levada para a civilização e se protege com os instintos que desenvolveu ao crescer em plena natureza. O cineasta português conta como reagiu à nomeação e fala-nos do filme e das influências que a cultura portuguesa teve nesta produção.

Daniel Sousa diz que gostava de trabalhar em Portugal, mas vive em Providence, no Estado de Rhode Island, nos Estados Unidos, país onde se radicou aos 12 anos. Tem agora 39 anos, nasceu em Cabo Verde e passou a infância em Portugal. Estudou animação na Rhode Island School of Design, onde actualmente dá aulas. Com os seus filmes procura explorar a dicotomia inteligência-instintos e abordar temas que definam o ser humano.


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Mário de Carvalho e Gastão Cruz distinguidos


Mário de Carvalho e Gastão Cruz distinguidos



O romancista Mário de Carvalho venceu o Prémio Literário Fundação Inês de Castro 2013 com o livro de contos 'A liberdade de Pátio' e o poeta Gastão Cruz recebeu o prémio de carreira, disse à Lusa fonte da fundação.

O prémio literário e o de carreira foram atribuídos por unanimidade aos dois escritores por um júri composto pelo catedrático José Carlos Seabra, pelo escritor Mário Cláudio, pelo poeta e ensaísta Fernando Guimarães, pelo tradutor e poeta Frederico Lourenço e pelo escritor e crítico literário Pedro Mexia.

Mário de Carvalho e Gastão Cruz receberão os prémios a 15 de março na Quinta das Lágrimas, em Coimbra.

O Prémio Literário Fundação Inês de Castro, que vai na sétima edição, distingue anualmente obras literárias sobre motivos do "mito inesiano".

Maria do Rosário Pedreira, Pedro Tamen, Teolinda Gersão, José Tolentino de Mendonça, Hélia Correia e Gonçalo M. Tavares venceram as edições anteriores do Prémio Literário.

 Diário de Notícias.

"Enemy" ganha em Sitges Prémio Méliès de Prata para melhor filme fantástico europeu




O filme "Enemy" de Denis Villeneuve, uma coprodução canadiana e espanhola baseada no romance de José Saramago "O Homem Duplicado", venceu o prémio Méliès d'Argent no Festival Internacional de Cinema Fantastico da Catalunha, em Sitges, sendo deste modo considerado o melhor filme fantástico europeu deste ano.

Com Jake Gyllenhaal no papel duplo do(s) protagonista(s), "Enemy" conta ainda no elenco com Sarah Gadon, Mélanie Laurent e Isabella Rosselini.

A estreia em Portugal está prevista para março ou abril de 2014, segundo informação da Zon Audiovisuais que vai distribuí-lo.
Fundação José Saramago.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Filme "português" de Fanny Ardant estreia esta quarta-feira




O filme 'Cadências Obstinadas', que assinala a segunda realização da atriz francesa Fanny Ardant, estreia-se esta quarta-feira em 25 salas de cinema em França, quatro delas em Paris. O filme, que foi inteiramente rodado em Portugal, conta com interpretações dos actores Asia Argento, Nuno Lopes e Ricardo Pereira nos papéis principais, e chega a Portugal a 13 de março.

A antestreia francesa do filme decorreu terça-feira no cinema UGC Les Halles, em Paris, e contou com a presença da equipa, nomeadamente a realizadora Fanny Ardant e o produtor Paulo Branco.

Em 'Cadências Obstinadas', uma mulher (Asia Argento) abandona a sua brilhante carreira como violoncelista por amor a um homem (Nuno Lopes). Mas esse homem tem um acordo a cumprir, um acordo que não pode ser sobrecarregado pelo amor.

O filme, produzido pela Alfama Films, conta ainda com interpretações de Gérard Depardieu, Franco Nero e o músico Mika.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Sophia de Mello Breyner vai para o Panteão Nacional




Trasladação dos restos mortais de Sophia de Mello Breyner para o monumento agrada à família, políticos e à maioria das personalidades das artes.

A poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004) deverá ser translada em breve para o Panteão Nacional, antes de Eusébio da Silva Ferreira. O processo está a ser tratado pela Assembleia da República e será discutido nos próximos dias, sabe o CM.

Em novembro, José Manuel dos Santos – ex-assessor de Mário Soares e de Jorge Sampaio – questionou a família da poetisa, que não se opôs à sua trasladação para o edifício. "Acho extraordinário. Questionei a família e todos aceitámos", diz ao CM Maria Andresen de Sousa Tavares, filha da escritora e irmã do jornalista Miguel Sousa Tavares.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Dois museus portugueses no top 10 do El País




O Museu da Sociedade de Geografia e o Museu de Marinha, em Lisboa, fazem parte de uma seleção do El País que reúne os 10 museus que, segundo o jornal espanhol, melhor documentam os principais descobrimentos feitos ao longo da história.

Sobre a Sociedade de Geografia, o jornal espanhol fala no “magnífico edifício”, situado no centro lisboeta, que “nos transporta para uma outra época” quando Portugal tinha uma das mais ricas metrópoles.

Fundado no final do século XIX, este museu, que ocupa o sexto lugar da lista, tem uma sala com mais de 50 metros de comprimento onde estão reunidas as principais coleções.

As esculturas de Cabo Verde, as cerâmicas de Timor Leste, os móveis de Macau e os instrumentos musicais da Guiné são algumas das peças raras que o El País considerou relevantes para a escolha deste museu.

Lobo Antunes vence prémio literário internacional




António Lobo Antunes venceu mais um prémio literário internacional. O escritor português foi o vencedor do galardão Nonino 2014, atribuído por uma empresa secular italiana.

A Nonino, produtora da bebida alcoólica grappa italiana, criou o prémio em 1975 e anunciou esta semana os galardoados deste ano. O filósofo francês Michel Serres, o psiquiatra e escritor italiano Giuseppe dell’Aqua e a escritora palestiniana Suad Amiry também foram premiados.

“Com uma técnica narrativa muito particular, Lobo Antunes desenvolveu um estilo de escrita narrativa muito pessoal, o que é extremamente interessante”, conta a organização.

Ler um livro do escritor é “obviamente difícil, transforma-se numa espécie de quebra-cabeça de elementos que têm de ser colocados juntos, o romance faz-nos entrar numa dimensão psicológica paralela sem uma linha cronológica clara mas com uma coerência interna própria”.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Panteão Nacional: A igreja que foi fábrica de sapatos é uma casa de heróis mal amada




A expressão popular que lhe está associada ainda se usa, mas o Panteão Nacional da Igreja de Santa Engrácia é sobretudo visitado por estrangeiros. Que casa é esta, afinal? O que dizem as dez figuras ali sepultadas sobre Portugal e os portugueses? Dois historiadores respondem.

Ao entrar chega-nos, baixinho, a voz de Amália. Canta Uma casa portuguesa, bem a propósito. No Panteão Nacional, diz um dos funcionários da guardaria, ouve-se sempre a fadista e música barroca. “Ninguém estranha”, garante, “porque há turistas que vêm para ver o monumento e outros que vêm só à procura da Amália, muitos até para lhe deixarem flores”.

Na sala onde está o seu túmulo de mármore, a mesma dos escritores Almeida Garrett, Guerra Junqueiro e João de Deus, há quem se encarregue de nunca deixar secar as flores que lhe oferecem. Das dez figuras que têm os restos mortais na Igreja de Santa Engrácia, em Lisboa, só Amália e Sidónio Pais, o Presidente da República assassinado em 1918, as recebem.

A escala da igreja hoje dessacralizada é monumental e sente-se sobretudo no interior solene, decorado com mármores de várias cores. Não há símbolos religiosos no altar e o espaço mais nobre parece uma enorme praça feita para passear. É difícil imaginar o edifício como depósito de armamento e fábrica de sapatos do Exército (século XIX e começo do XX). A sua história é atribulada e inclui uma igreja primitiva destruída por uma tempestade, uma lenda à volta de um amor proibido e até uma maldição. Acredite-se ou não nestas duas últimas, certo é que este templo barroco que muitos historiadores de arte consideram único esperou séculos para ser concluído e esteve praticamente os últimos 100 anos – foi destinado a Panteão Nacional em 1916 – entre os holofotes do Estado Novo, que fizeram dele um instrumento de propaganda, e um certo esquecimento, aparentemente incapaz de medir forças com o Mosteiro dos Jerónimos, monumento que muitos portugueses vêem ainda como o verdadeiro panteão.

Enemy, Denis Villenueve adapta la novela de El Hombre Duplicado de Saramago




Si alguien sacó lo mejor de Jake Gyllenhaal como actor, ese fue el cineasta canadiense Denis Villenueve en la extraordinaria película Prisoners (Leer reseña aquí), y que de hecho, le valió en 2013 los mejores comentarios.
Ese excelente trabajo que vimos en pantalla corresponde a la gran compenetración que consiguieron actor y director, que prontamente comenzaron a trabajar juntos en nuevo proyecto.
A Denis Villeneuve le gustan las adaptaciones, así lo confirma su filmografía. Su nuevo largometraje es una adaptación de Javier Gullón de la novela de José Saramago, El Hombre Duplicado.
El título de la película no será el mismo, es ENEMY, y Jake Gyllenhaal interpreta a dos personajes, a Adam Bell y Anthony St. Claire. Gyllenhaal es un profesor (Adam Bell) de literatura afable pero deprimido que trata de encontrar consuelo en una película que recién alquiló. Él recibe el susto de su vida cuando ve que la estrella (Anthony St. Claire) de dicho film se ve exactamente como él, cuando estaba un poco más joven, y que se trata de una historia que él ya había pensado. Adam comienza la búsqueda de ese actor con consecuencias inesperadas (no dudamos que así sea, pues las sorpresas es algo a lo que ya nos tiene acostumbrado Villeneuve).

domingo, 5 de janeiro de 2014

Teatro? Política? Teatro-político!




Un grupo de teatro revive, en el centenario de su nacimiento, la fuga carcelaria que protagonizó el líder del PCP y símbolo de la lucha contra la dictadura de Salazar

Por la noche, con unas sábanas anudadas a modo de cuerda, el dirigente comunista portugués Álvaro Cunhal se escapó de la mayor prisión política del país en 1960, una fuga histórica que hoy se representó, paso a paso, en la misma cárcel.

El acto conmemora los cien años del nacimiento del líder del Partido Comunista de Portugal (PCP) y los 40 años de la Revolución del 25 de abril de 1974 por la que el país instauró la democracia.

El 3 de enero de 1960, Cunhal perpetró un minucioso plan de fuga de tintes hollywoodianos junto a otros diez presos y coordinado con colaboradores en el exterior. Los prisioneros consiguieron anestesiar a un guardia con la ayuda de un centinela, pasar varios puestos de control, trepar un árbol y salir sin ser vistos escalando una muralla y deslizándose por unas sábanas.

Público (España).

sábado, 4 de janeiro de 2014

No. 4 de Pessoal Plural…


Já está “na rua” a quarta edição de Pessoa Plural, uma revista digital sobre o poeta dos heterónimos. Lancada em Junho de 2012, na Casa Pessoa, em Lisboa, tem como editores Onésimo Almeida (Universidad de Brown, Estados Unidos), Jerónimo Pizarro (Universidad de Los Andes) e Paulo de Medeiros (Universidade de Utrecht). Os dois primeiros já estiveram em Caracas, convidados pelo Instituto Português de Cultura.

 Pessoa Plural publica ensaios, documentos de alto nível sobre o autor de Mensagem e os seus textos podem ser lido aqui...

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Último filme de Paulo Rocha passa na Cinemateca a 31 de janeiro


"Se eu fosse ladrão... roubava", o último filme do realizador Paulo Rocha, falecido há um ano, será exibido em antestreia em janeiro na Cinemateca Portuguesa, em Lisboa.

O Museu do Cinema revelou que a derradeira longa-metragem de Paulo Rocha será exibida a 31 de janeiro, estando ainda previsto, para o primeiro trimestre de 2014, um ciclo integral da obra do realizador, a estreia comercial do filme e a reposição em sala das versões restauradas de "Os Verdes Anos" (1963) e "Mudar de Vida" (1966).

Paulo Rocha morreu aos 77 anos, a 29 de dezembro de 2012, deixando completo "Se eu fosse ladrão... roubava", exibido em agosto em antestreia mundial no Festival de Cinema de Locarno, na Suíça, onde foi homenageado.

Na ocasião, o subdiretor da Cinemateca, José Manuel Costa, afirmou à agência Lusa que o filme tem uma "característica testamental, mas não se fica por aí. Não tem nada de nostálgico. Ele volta atrás, às memórias da família dele, do pai, mas é também um filme sobre o país, sobre a cultura, sobre a identidade".

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Investigadora Maria Manuel Mota vence Prémio Pessoa

A investigadora Maria Manuel Mota foi distinguida com o Prémio Pessoa 2013, anunciou o júri, esta sexta-feira, em Sintra.

Maria Manuel Mota, de 42 anos, licenciou-se na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, desenvolveu estudos sobre a malária e trabalha atualmente no Instituto de Medicina Molecular (IMM).

Na ata do júri do Prémio Pessoa é destacado "o seu empenho entusiástico no que se pode chamar de cidadania da ciência", sendo fundadora e presidente da Associação Viver a Ciência, que "tem como objetivo encorajar a filantropia em Portugal".

Em declarações à agência Lusa, a investigadora confessou que recebeu a notícia do prémio com "completa surpresa". "Era algo que não imaginava que pudesse acontecer".

"Fico muito satisfeita que a sociedade portuguesa considere que a nossa equipa está a fazer um bom trabalho, que merece ser reconhecido, e que isso tem impacto no país, isso dá-nos um grande entusiasmo, uma vontade de continuar a fazer o que podemos fazer melhor: descobrir alguma estratégia para combater a malária", disse.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Maria Helena Vieira da Silva dá nome a cratera em Mercúrio


 
 

A autoridade astronómica internacional deu o nome da artista plástica portuguesa Maria Helena Vieira da Silva a uma cratera em Mercúrio, entre dez personalidades que se destacaram pelo contributo que deram às artes, noticiou hoje o Portuguese American Journal.

A pintora portuguesa, naturalizada francesa, integra um conjunto de dez personalidades que darão nome a crateras em Mercúrio, em que constam o nome do músico John Lennon, os dos romancistas Truman Capote e Erich Maria Remarque, ou o do compositor Hector Berlioz.

As crateras de Mercúrio recebem nomes de artistas falecidos, entre músicos, pintores e autores que tenham realizado contribuições fundamentais para o seu campo e que tenham sido figuras artística e historicamente reconhecidas há mais de 50 anos.

A honra é concedida pela União Astronómica Internacional, a autoridade global para a nomenclatura planetária e de satélites, sob proposta da equipa do veículo espacial Messenger, da NASA.

Vieira da Silva e as restantes nove personalidades juntam-se às 114 crateras nomeadas desde 2008, quando o Messenger passou por Mercúrio pela primeira vez.

Maria Helena Vieira da Silva nasceu em 1908 em Lisboa, estabeleceu-se como pintora em Paris, onde conheceu o marido, o artista plástico húngaro Arpad Szenes.

Portugal pior que a Europa no consumo cultural




Índices culturais da população nacional com resultados negativos.

Os portugueses estão na cauda da Europa no que aos índices de consumo cultural diz respeito. Segundo um estudo da Comissão Europeia, que envolveu cerca de 26 mil cidadãos europeus, mais de metade da população (59%) tem um nível de participação em bens culturais muito baixo, 39% tem um nível médio e 6% um nível alto ou muito alto.

Ver ou ouvir um programa de TV ou rádio continua a ser a atividade favorita.

Questionados sobre quantas vezes o fizeram nos últimos 12 meses, 61% dos inquiridos responderem positivamente, um valor abaixo da média europeia, que se situa nos 72%. Apenas 29% dos portugueses foram ao cinema, contra 52% da média europeia, 27% visitaram um monumento histórico (média da Europa é de 52%), a visita a museus ou galerias de arte ficou-se pelos 17% (37% na Europa), e apenas 15% visitaram uma biblioteca pública (a média europeia é de 31%). Mas os números são ainda mais preocupantes no que à leitura de um livro diz respeito (40%), na ida a um concerto (19%), ao teatro (13%) ou a um espetáculo de dança ou ópera (8%). Nestes campos, Portugal regista os piores resultados entre os 27 países em que o estudo se realizou.